Dorme com o cabelo molhado? Saiba por que esse hábito é ruim
Dormir com o cabelo molhado pode aumentar o risco de desenvolver dermatite seborreica, comumente conhecida como caspa
Na correria do dia a dia, é comum que muitas pessoas optem por lavar o cabelo à noite e, às vezes, durmam com ele ainda molhado. No entanto, você sabe se esse hábito pode prejudicar a saúde dos fios?
O dermatologista André Moreira, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que dormir com o cabelo molhado aumenta o risco de dermatite seborreica, comumente conhecida como caspa.
“A dermatite seborreica é causada pela proliferação de fungos que já estão presentes no couro cabeludo. A umidade gerada ao dormir com o cabelo molhado favorece o crescimento desses fungos, aumentando a probabilidade de desenvolver a condição”, explica o médico.
A dermatologista Maria Angélica Muricy ressalta que o microbioma do couro cabeludo desempenha um papel crucial na saúde capilar.
“Existe um microbioma, que é uma flora de microrganismos que vive na pele. No couro cabeludo, não é diferente. Os fungos, especialmente, preferem ambientes quentes, escuros e úmidos. Quando você lava o cabelo, não seca e vai dormir, cria-se um ambiente ideal para a proliferação dos fungos, principalmente os do tipo Malassezia”.
Além disso, dormir com o cabelo molhado enfraquece os fios e os torna mais porosos. Secar o cabelo com secador ou prancha quente enquanto ainda está úmido não é recomendado, pois o calor excessivo pode agravar o dano. O ideal é secar o cabelo com o secador na temperatura ambiente, também conhecida como temperatura fria, para manter a saúde dos fios.
Dormir com cabelo molhado causa resfriado?
O dermatologista André desmistifica a crença popular de que dormir com o cabelo molhado pode causar resfriado. De acordo com ele, essa é uma ideia errônea, muitas vezes repetida.
“O resfriado é uma doença viral que só é contraída ao entrar em contato com o vírus responsável, e não há evidências científicas de que o cabelo molhado facilite infecções. Essa é uma crença antiga, passada de geração para geração, mas sem respaldo em estudos médicos”, esclarece.
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